Apresentação

Coleções científicas de referência e coleções didáticas reunem exemplares de animais, vegetais, fósseis, minerais, rochas, sedimento, gelo, água e outros tipos de amostras de interesse oceanográfico.
Estudos relacionados à presença de lixo em ambientes costeiros e marinhos estão em amplo desenvolvimento, isso se deu devido à percepção tanto por parte dos cientistas quanto por parte da população em geral, de  que o lixo marinho faz parte da nossa paisagem do dia-a-dia. Plásticos e outros resíduos sintéticos persistentes, como isopor, borracha e espuma, constituem grande parte do lixo marinho amostrado em todo o mundo, e o Brasil não é exceção. Apesar de inúmeras iniciativas em níveis locais e regionais, existem fortes evidências de que as quantidades e tipos de lixo marinho continuem aumentando em escala global.
Sendo assim, este trabalho apresenta os primeiros resultados da formação de uma coleção científica de referência, que também possa ter uso didático, relacionada ao lixo marinho. Além do papel científico, tendo em vista a grande demanda de professores e estudantes de todos os níveis de formação (do Fundamental I ao Pós-Doutorado), espera-se também atingir, através de uma linguagem mais flexível, a população em geral, cada vez mais interessada no assunto. A coleção pode ser total ou parcialmente transportada para aulas e exposições, tanto no ensino superior quanto em instituições de ensino médio, públicas ou privadas, colocando definitivamente o tema lixo marinho, literalmente, dentro das salas de aula.

Sessão especial de artefatos de pesca

Esta sessão especial da coleção recebeu o nome de Flávia Maria Guebert-Bartholo, por sua dedicação incansável ao estudo das tartarugas marinhas e da poluição por plásticos que continua ameaçando essas espécies.

Flávia é Oceanógrafa formada na UFPR (2004), Mestre em Zoologia pela mesma Universidade (2008) e Doutora em Oceanografia Biológica pela UFPE (2012).
Atualmente nós somos os predadores mais inteligentes da Terra. Levamos milhares, talvez milhões, de anos para desenvolver as artes de pesca. Se levarmos o mesmo tempo para achar e desenvolver modos de evitar encontros fatais entre animais marinhos não-alvo e equipamentos perdidos, talvez essas tecnologias já não sejam mais necessárias.
Chocar-se com as fotos que vemos na internet de animais marinhos feridos ou mortos por equipamentos de pesca perdidos no mar é um problema fácil de resolver. Basta um click e estamos em outro site.  Difícil é dormir bem à noite depois de passar o dia na praia lidando com as carcaças dos animais mortos, ou com a nossa própria incapacidade de salvar um animal ferido por redes de pesca.

Sessão especial de microplásticos

Esta sessão especial da coleção recebeu o nome de Juliana A. Ivar do Sul, por sua dedicação incansável ao estudo dos microplásticos nos ambientes costeiros e marinhos.

Os plásticos são micro, mas os problemas são super!
Juliana é Oceanógrafa formada na FURG (2005), Mestre em Oceanografia Abiótica pela UFPE (2008) e Doutora em Oceanografia pela mesma Universidade (2014).
“Não se engane pelo tamanho deste tipo de lixo marinho... os microplásticos, apesar de sua pequena dimensão, são um enorme problema para biota marinha, para o meio ambiente como um todo, e consequentemente para as pessoas. Os microplásticos são invisíveis a olho nú, mas suas consequencias são observadas por quem estuda este tipo de poluição marinha, e agora por você que aprendeu com esta Coleção Ditático-Científica sobre Lixo Marinho”.

Sessão especial de Lixo Tecnológico

A sessão especial sobre lixo tecnológico da nossa Coleção recebeu o nome de Luis Henrique Bezerra Alves, em homenagem ao nosso colaborador que mais entende de tecnologia!
E ele sabe tudo do assunto mesmo: desde como são concebidos os itens mais modernos e sofisticados da tecnologia da informação até como usál-los na sua plenitude e finalmente descartá-los adequadamente, causando o mínimo de impacto no meio ambinete.

Oc. Luis Henrique B. Alves, um consumidor consciente de tecnologias de informação.

Kit e Manual do usuário

O LEGECE produziu um manual do usuário para aquelas pessoas que quizerem ter suas próprias coleções de lixo marinho para fins didáticos e/ou científicos.
Nosso grupo também presta serviços com oficinas comunitárias para estabelecimento das coleções locais e treinamento de pessoal.
Entre em contato!

Produção Associada e Recomendações de Leitura

Produção do Laboratório associada à Coleção:

Alves, L. H. B. et al. 2010.Coleção didática e de referencia sobre lixo marinho: Porque e como?. IV Congresso Brasileiro de Oceanografia 2010, Rio Grande , RS. Meio digital.

Recomendações de leitura sobre coleções científicas:

Thomas Schnalke, 2011. Museums: Out of the cellar. Nature, 471:576–577. Disponível no domínio do Periódicos CAPES.